Saturday 15 January 2011

Jenin 28.12.2010

Esta manhã calculei friamente os fragmentos desleixados de guerra. Entreguei uma bandeira de paz ao inimigo e reflecti sobre os conflitos internos do ser humano. A mentira, o ciúme, a ganância, o poder estridente dos malefícios. O exílio. Isto ou aquilo, as vozes silenciadas, o conforto e a certeza de luta para voltar a encontrar os caminhos seguros neste lamaçal político, incertezas, caminhos sem retorno. Consciência, não implica sapiência e o facto de não se figurar uma resposta, não significa, que lamentavelmente se dignifique a ignorância.  Entro no mundo desconhecido dos amantes o ciúme, sem romantismo, o poder da entrega a um religioso sapiente, uma vontade sobeja, um dogma, encontrado, vislumbrado, como resposta ignóbil e adquirindo, como fonte segura, dos olhares fugazes sobre o tempo. Nenhum humano é capaz sem tréguas. Todos se deixaram levar pela certeza de terem encontrado uma solução. Assim tão nada, uma pergunta se avizinha. O fragmento de uma guerra sem fim, o conflito interminável de ser, um lugar sem existir, uma viagem sem retorno, uma resistência para a existência. O não como resposta e todos os dias mais uma acção que se reflecte intransigente na dignificação do ser ao nosso lado.

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