Saturday 15 January 2011

Ramalah 18.12.2010

Entro nas paisagens maduras de oliveiras. Entrego o meu olhar aos socalcos de terra dura, avidez poética. Combinação de bombas, apraz lembrar a resolução pacífica dos malfeitores. Revejo-me pacífica nos malfeitores. Revejo-me paciente, esperando. O voltar da resolução, o sobejar deleitoso de um beijo, o árabe combinando nas paisagens, a miséria, a luta, a esperança e a reconstrução. Cada olhar uma esperança e já não há sofrimento, mas ilusão. Não há medo. Há revolta e perseguição confiscada aos princípios da memória. Um pedinte impede-me de sonhar, seu olhar é eterno retorno à realidade, à qual pretendemos virar as costas. Atiro-me sobre o abismo e não tenho onde me agarrar. Como o ciclone fictício, até ao fim do mundo. A ilusão de ser. A insistência de perseguir.

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